Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), mais de 1,2 bilhão de pessoas têm risco elevado de contrair a gripe e suas complicações. Desse total, 385 milhões são idosos acima de 65 anos, 700 milhões de crianças e adultos com doenças crônicas e outros 140 milhões de crianças. Estudos demonstraram que a vacina, no caso da gripe, pode reduzir em até 75% a mortalidade global. Quanto aos idosos que residem em lares especiais, a imunização pode diminuir em até 60% o risco de pneumonia e 68% o risco de internação.
Com base no histórico de mais de 307 mil atendimentos realizados no último inverno através da plataforma de telemedicina da Docway, empresa pioneira em soluções de saúde digital no Brasil, foi elaborado um ranking das principais doenças que acometem a população no período. Em primeiro lugar, apareceram as infecções pela Covid-19. Na sequência, infecção aguda das vias aéreas superiores, com aproximadamente 14,5 mil casos, e nasofaringite aguda – os famosos resfriados, com 9,1 mil queixas.
De acordo com a Dra. Yanaí Tyski, Coordenadora Médica da Docway, a amplitude térmica ao longo do dia, a baixa umidade do ar e o aumento da poluição atmosférica são alguns dos fatores que contribuem para a propagação dessas enfermidades. Nesse contexto, a telemedicina surge como uma opção eficaz para o diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos pacientes, especialmente aqueles com doenças crônicas. “Por meio de consultas online, o médico pode avaliar os sintomas relatados pelos pacientes e até mesmo realizar uma inspeção, como a oroscopia, por vídeo ou foto. Isso permite que grande parte dos casos respiratórios sejam resolvidos de forma eficiente, com orientação em todas as fases da doença, prescrição de medicamentos ou encaminhamento para exames específicos, evitando que pacientes com quadros leves e sem sinais de alarme busquem o atendimento presencial”, aponta a médica.
Além disso, a telemedicina possibilita o acompanhamento e monitoramento dos pacientes com doenças crônicas durante o inverno. “Os pacientes podem ter acesso a consultas sem sair de casa, evitando deslocamentos e exposição a ambientes potencialmente infecciosos. Essa abordagem possibilita o ajuste de medicações, fornece orientações contínuas e auxilia a classificação do estágio da doença a fim de mantê-la mais controlada neste período”, explica.
Para reduzir o risco de contrair doenças respiratórias durante o inverno, é essencial adotar medidas preventivas. Entre as principais recomendações da médica está o uso de umidificadores, a higienização frequente da casa e das roupas, principalmente no caso de pessoas com rinite alérgica, o aumento da frequência da lavagem nasal - com soro fisiológico - e das mãos, além do aumento da ingestão de água. “Além dos cuidados básicos, é importante usar a máscara caso o paciente apresente sintomas de gripe ou resfriado para evitar a transmissão da doença para outras pessoas”, complementa a Dra. Yanaí.