O médico ginecologista e obstetra Dr. Alexandre Rossi, responsável pelo ambulatório de Ginecologia Geral do Hospital e Maternidade Leonor Mendes de Barros e médico colaborador de Ginecologia da Faculdade de Medicina da USP, lista três fatores fundamentais para esse aumento na longevidade. “Os avanços na medicina são extremamente importantes para esse aumento da expectativa de vida feminina. Isso porque, a tecnologia em equipamentos de diagnóstico, como a mamografia digital ou a ressonância magnética, vem permitindo a detecção precoce de doenças como o câncer de mama e de ovário, aumentando, assim, as chances de tratamento bem-sucedido. Outra questão importante quando o assunto é longevidade é a criação e funcionamento de políticas públicas voltadas à melhoria da saúde feminina, a Campanhas de vacinação como a do HPV, por exemplo e a ampliação do acesso a exames como o Papanicolau ajudaram a reduzir significativamente a incidência de câncer do colo do útero no Brasil".
Programas de rastreamento, como o Outubro Rosa, aumentaram a adesão às mamografias, permitindo o diagnóstico precoce do câncer de mama, aumentando as chances de cura e reduzindo a mortalidade. Com isso, o Dr. Alexandre aponta que é importante incentivar cada vez as mulheres a adotar um estilo de vida saudável, que contribui para um envelhecimento com qualidade, pois a prática regular de atividades físicas reduz o risco de doenças cardiovasculares, osteoporose e obesidade. Uma alimentação balanceada, rica em fibras, proteínas e gorduras saudáveis, fortalece o sistema imunológico e previne doenças metabólicas..
Segundo o Ministério da Saúde, a hipertensão e o diabetes afetam significativamente a população feminina, reforçando a importância da prevenção e do acompanhamento médico adequado. O aumento da expectativa de vida traz novos desafios, especialmente relacionados às doenças crônicas.
Confira as principais recomendações para cada faixa etária do público feminino, segundo o especialista:
● Pré-adolescência (9 a 14 anos): vacinação contra o HPV, preferencialmente antes do início da vida sexual
● Adolescência (15 a 20 anos): Início do acompanhamento ginecológico, orientação sobre saúde sexual e reprodutiva
● Idade Adulta Jovem (20 a 30 anos): Realização anual do exame Papanicolau para prevenção do câncer do colo do útero e discussões sobre planejamento familiar
● Idade Adulta (35 a 49 anos): Acompanhamento preventivo para detecção precoce de doenças e preparação para as mudanças hormonais que antecedem a menopausa
● Menopausa (45 a 55 anos): Monitoramento das alterações hormonais, prevenção da osteoporose e manutenção da saúde cardiovascular
Adotar um estilo de vida saudável, com alimentação balanceada, prática regular de exercícios e sono adequado, é benéfico em todas as idades. Além disso, manter o calendário de vacinação atualizado e realizar exames de rotina são medidas preventivas que contribuem para uma vida longa e saudável.
Neste Dia Internacional da Mulher, portanto, fica a mensagem: viver mais é uma conquista, mas viver bem é uma escolha. Que cada mulher possa assumir o protagonismo da sua saúde e garantir um futuro com mais qualidade de vida.