“É importante respeitar essa fase que é diferente para cada pessoa. Não dá para medir a dor e o sofrimento de cada um, mas existe um processo de resiliência cerebral que acaba trazendo, depois de um certo tempo, algum conforto”, explica o médico neurocirurgião e neurocientista do Hospital das Clínicas de SP, Dr. Fernando Gomes.
O especialista fala sobre o luto e explica que o processo de perda pode atingir pessoas de formas diferentes. E é importante respeitar o tempo de cada um e a maneira como cada pessoa encontra para lidar com a ausência do outro. E segundo ele, o luto é composto por cinco fases. São elas:
• Fase inicial -- indivíduo tende ao isolamento e a negar a situação;
• Fase de raiva -- indivíduo luta contra o que aconteceu;
• Fase de barganha -- indivíduo tenta fazer trocas e tende a ter pensamentos como “isso acontece com todos”;
• Fase de depressão -- indivíduo sente uma tristeza profunda;
• Fase de aceitação -- indivíduo acaba entendendo o significado de todo esse processo que aconteceu.
Dr. Fernando diz ainda que apesar de o luto ser um processo muito doloroso — e que, às vezes, a pessoa precise de um suporte religioso e/ou profissional da psicologia e psiquiatria --, a tendência é que com o tempo ela passe a lembrar daquilo com amor, carinho e saudade, livre de sentimentos ruins.
“Existem fases do luto e entender que não adianta querer pular ou atropelar estas etapas, porque faz parte do processo do amadurecimento psíquico, ajuda o processo.”