Ah, o mundo Animal! A relação com os animais pode ir muito além da afetividade e do carinho. O simples contato com os bichos pode melhorar a vida de pessoas com doenças como depressão, paralisia cerebral, câncer, autismo, Alzheimer, síndrome do pânico e Parkinson.
Cães, gatos, aves e cavalos podem ser aliados nos trabalhos de psicólogos, enfermeiros, fisioterapeutas e médicos. A iniciativa, quando realizada regularmente, é chamada de TAA (Terapia Assistida por Animal). Quando é esporádica recebe o nome de AAA (Atividade Assistida por Animais).
De acordo com o Dr. Rogério Pecchini, chefe do departamento de Pediatria da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, os animais são eficazes para aumentar a autoestima e a sociabilidade de indivíduos com distúrbios de comportamento, por exemplo, visto que trabalha o contato pessoal e a afetividade.
"Comprovações cientificas mostram que a terapia com bichos pode ser positiva em alguns tipos de doenças. A melhora do paciente com a presença deles está relacionada a uma série de fatores como: alteração de ambiente, desenvolvimento do carinho e mudança nas relações interpessoais", explica.
Dr. Pecchini afirma que a reabilitação não se restringe apenas ao contato com os cachorros. "Por exemplo, a equoterapia, em que são utilizados cavalos, melhora a parte motora e a sociabilidade de crianças com Síndrome de Down", declara.
Para o professor, crianças que estão passando por algum tipo de doença e têm contato com cachorros, apresentam resultados no humor e no bem-estar. "Isso também ajuda a aumentar a recepção ao tratamento, algo que pode ser visto claramente. Quando os animais chegam ao ambiente em que os pacientes estão, há uma alegria enorme por parte dos pequenos que estão hospitalizados", diz.
Somado a isso, o Dr. Pecchini explica que o animal tem um importante papel na vida da garotada: "Aquelas que são criadas com animais apresentam maior relação afetiva com as outras pessoas. Já as crianças um pouco mais velhas podem criar também um senso de responsabilidade. Não há nada comprovado sobre isso, mas observamos muitos casos", finaliza. O professor indica cachorros de raças dóceis, e ressalta a importância da higienização, alimentação e imunização do animal.