Desde pequena ela sabia muito bem o que queria ser quando crescesse: apresentadora de televisão! Quando era criança, qualquer objeto virava um microfone imaginário. Ela improvisava usando uma colher de pau ou qualquer outro utensílio da cozinha de sua mãe. Até nas brincadeiras infantis queria ser uma jornalista e se divertia entrevistando as amigas.
A brincadeira virou profissão. Adriana Bittar se formou em Jornalismo pela Cásper Líbero. E lá mesmo, no prédio da Fundação começou a carreira, fazendo estágio na rádio Gazeta AM.
Da rádio para a TV foi um pulo. No Canal 21, antigo canal UHF da emissora, teve a chance de começar como repórter e também de ir para o estúdio como apresentadora. Ainda na Band, estreou nas coberturas esportivas. Lá, além de reportagens, apresentou o Esporte Total, o Show do Esporte e foi à sua primeira Olimpíada, em Sydney, no ano 2000.
Em 2003 foi contratada pela TV Globo de São Paulo. Fez reportagens para o Globo Esporte, SPTV e também matérias exibidas em rede nacional para o Bom Dia Brasil, Jornal Hoje, Jornal da Globo e Esporte Espetacular.
Em 2006 veio o convite para trabalhar na Rede Record. Lá fez parte dos principais produtos da Casa, como Câmera Record, Domingo Espetacular, Esporte Fantástico e Jornal da Record. Também foi apresentadora da Record News. Comandou noticiários e um programa diário de entrevistas sobre medicina e saúde. Obteve grandes experiências internacionais, passando pelo escritório de Nova York e também da África do Sul, onde ficou dois anos como correspondente. Cobriu a morte do astro pop Michael Jackson, em 2009; a Copa da África, em 2010; as Olimpíadas de Londres, em 2012 e o Mundial de Esportes Aquáticos de Barcelona, em 2013. A jornalista conta, “tive o privilégio de gravar reportagens em vários países pelo mundo”.
Em síntese, a jornalista Adriana Bittar se tornou um rosto conhecido na televisão, onde atua há quase vinte anos como correspondente internacional, repórter, apresentadora de noticiários, de esportes e cobertura dos mais diversos assuntos, sempre com leveza e credibilidade.
A jornalista, que já comandou um programa sobre medicina e saúde, também tem grande experiência em conduzir entrevistas. São essas características que Adriana Bittar imprime nos eventos corporativos como mestre de cerimônia, atualmente.
Em um momento de break num evento sobre mulheres realizado na Fecomércio, o Universo de Rose teve a oportunidade de conversar com Adriana sobre um pouco de sua rotina pós TV, permeada com novos projetos e dona de casa – que ela, por sinal está curtindo muito. Confira!
Universo de Rose – Adriana, qual a sua fonte de inspiração?
Adriana Bittar – Eu não tenho uma fonte de inspiração, mas eu lembro que desde pequena, brincava com as amigas, montava um estúdio em casa com um fundo e colocava mesa, 2 cadeiras e imitava moças do jornalismo que via na TV. Não há uma pessoa específica, mas há várias pessoas que eu admiro e tento pinçar coisas boas de cada uma na TV tanto em programas nacionais, quanto internacionais.
UR – Você trabalha muitas horas por dia, consegue separar trabalho de lazer, consegue descansar a cabeça?
AB – (risos) Agora que eu saí da TV, tenho tido mais folga, estou vivendo um período sabático, mais tanquilo (risos). Tenho trabalhado pouco, mas para mim, tenho os meus projetos é super produtivo quando é pra você mesmo não é? Consigo conciliar, em casa, tenho feito eventos, freelas em produtoras, tô ali no computador e consigo fazer muitas de minhas coisas e trabalhar ao mesmo tempo...
UR – E como você se cuida? Da mente, do corpo,... é uma pessoa gulosa?
AB – Não, não sou gulosa (risos). É tenho sorte nesse ponto. Cada vez mais, eu como menos pão e menos doce, me cuido, controlo, evito refrigeranres, bebo muita água. Procuro comer coisas saudáveis, encher o prato de salada, o colorido, tentando sempre dar prioridade para a alimentação saudável. Quando me perguntam que dieta você faz? Repondo que é a dieta da “vergonha na cara” - você sabe que tem que fazer, mas não faz (risos). É uma reeducação: me cuido, faço muita caminhada, pilates, é isso.
UR – Você sabe cozinhar? O que mais gosta de fazer?
AB – Siiiim, eu sei e adoro cozinhar! Em casa faço muita coisa do dia a dia como o almoço, o jantar; faço bolo que meu marido adora. Invento, navego muito na internet e vejo muitos programas de culinária na TV. Escolho algumas receitas e experimento para ver se dá certo (risos), coisas mais especiais.
UR – Como uma jornalista que conhece muitos países, em suas viagens pelo mundo o que mais te encanta na Gastronomia?
AB – Cada país e cada cultura tem a sua particularidade, a sua história. O que me encanta é isso, cada um deles consegue encontrar coisas e alimentos da natureza para o dia a dia. O que me encanta é isso, fazer uma iguaria de seus produtos regionais. Mesmo coisas estranhas, o sabor, as vezes a gente olha e torce o nariz. Fui para alguns lugares com coisas estranhas, enfim... na Islandia, por exemplo, eles aproveitam tudo – a carne, o instestino, a pele, o olho,... de baleia e fazem conserva. Para o nosso paladar é horrível, mas para eles... e temos que tentar ao menos, experimentar, né?
UR – O que não pode faltar em sua geladeira e viagens?
AB – Na geladeira não tem refrigerantes, sucos artificiais – é raro. O que não pode faltar são legumes, frutas, verduras, coisas naturais, castanhas - adoro. Em viagens, carrego barrinhas de cereais, fruta, queijinhos alguma coisa fácil de levar na bolsa.
UR – O que você mais gosta de fazer em seu tempo livre?
AB – De cuidar da minha casa, de cozinhar – pensar em alguma coisa nova, em comidinhas diferentes para fazer, passear com meu marido, passear com meu cachorro – o Obama (risos).
UR – Você morou algum tempo fora do Brasil. Quando voltou, sentiu muita diferença? Como fez para se readaptar?
AB – Senti muita diferença, principalmente na questão da segurança. Readaptar-se é mais fácil porque é o seu país, passou a vida inteira nele, né? Claro que tem algumas coisas que você não gosta... mas não foi muito difícil, porque você se reaproxima da família, os amigos e aí tudo se ajeita.
UR – Felicidade é...
AB – Aproveitar as coisas simples da vida. Às vezes a gente constrói umas coisas grandes na cabeça e essas coisas nem sempre representam a felicidade.
UR – Você mencionou novos projetos?
AB – Sim. Estou fazendo um blog com algumas amigas sobre empoderamento feminino que está tão em alta para que em alguns anos não precisamos falar mais disso, seja um tema natural. As mulheres trabalham, não é? O nome do blog é: mulherespossíveis.com.br. Pensamos nisso partindo do princípio de que hoje em dia vivemos essa realidade, a mulher pode ser tudo: presidente, piloto, executiva, repórter esportiva, chef de cozinha,... e outra coisa, a gente tem que parar de ser uma mulher impossível, a gente nunca vai atingir aquela mulher da novela, da revista, é algo inatingível – esse padrão de beleza, de super poderes, de mulher maravilha é impossível, só em revista (risos).