Ele é considerado por seus inimigos como pedante, retórico, irritante e violentamente implacável com os seus adversários. Seus discursos são uma mistura de juridiquês e política. Divide o seu tempo entre ocupar cargos relevantes no governo e o escritório de advocacia, frequentado por clientes capazes de bancar seus honorários. Seus adversários dizem que ele não tem liderança, mas isto não impede que entre em debates acirrados na imprensa. É cada vez mais alvo dos jornalistas que o retratam em artigos e caricaturas pejorativas como uma ave de rapina. Por outra lado é admirado por muitos que atribuem a ele a estabilidade institucional do Brasil, uma vez que recorre ao Poder Judiciário toda vez que entende que o Executivo ou o Legislativo atuam fora das “quatro linhas” constitucionais. Dada as polêmicas que patrocina, é ameaçado de prisão e até mesmo de exílio. Nada disso amedronta o advogado que bate às portas do Supremo Tribunal Federal.
O advogado dá uma importância maior para o Supremo Tribunal Federal, o tribunal mais importante da estrutura do Poder Judiciário. Suas afirmações, vez por outra, atingem esse poder, a quem acusa de desconhecer a Constituição e a interpretação das leis. O cenário político nacional é uma verdadeira rinha de galos. Partidos, deputados, senadores, governantes e o alto escalão do funcionalismo público se engalfinham defendendo o que julgam melhor para o país. É verdade que no meio das teses debatidas no Congresso Nacional estão os interesses das camadas mais privilegiadas da população. Os endinheirados detêm verdadeiras bancadas na Câmara e no Senado, e bons e caros advogados caso tenham que enfrentar um processo criminal. A confusão política põe em risco a própria estabilidade da República, e quem pode colaborar para esfriar os ânimos, não o faz.