Nas escolas os professores ensinam que o comunismo chines nada mais tem a ver com o comunismo soviético. Aliás a aliança foi rompida há muito tempo e os chineses procuram o seu próprio caminho. Os alunos aprendem que o Império do Meio, como era conhecido tradicionalmente, se guia pelos ditames do Livro Vermelho, escrito pelo Velho Timoneiro, Mao Ze Dong. Este encontra seguidores em países da Europa Oriental e em partidos políticos de esquerda espalhados pelo mundo. Inclusive no Brasil.
A aproximação com a China é uma estratégia que vem sendo acalentada no Brasil, com o apoio da esquerda e até mesmo dos liberais. Afinal o Planeta Vermelho tem uma população de mais de um bilhão de habitantes e os setores agrícola e minerador vêem grandes oportunidades de negócios. Contudo, os canais que podem incentivar o comércio entre os dois países estão fechados. O Brasil não tem relações diplomáticas com a China. O mundo vive a tensão da Guerra Fria e o que vale é o ditado que diz "os que não estão comigo, estão contra mim." Os Estados Unidos não querem saber de uma política externa que fuja do seu controle, mas mesmo assim o presidente Jânio Quadros insiste. Manda para os países da chamada cortina de ferro e para a China uma delegação chefiada pelo vice-presidente João Goulart. A direita se arrepia aterrorizada. Jânio renuncia. Jango está em Cingapura.