O general aceita a missão que lhe é confiada pelo presidente da república. Boa parte da chamada Amazonia Legal é desconhecida e precisa de um trabalho constante de avaliação se realmente possui tantas riquezas no sub solo como debatem os deputados e senadores na capital do país. As noticias são as mais desencontradas possíveis, uns dizem que há gigantescos depósitos de gas, outros de petróleo, há quem afirme que há um bom volume de riquezas. Contudo são os minérios como ouro e nióbio que são objetos de maior especulação. Ninguém sabe com certeza se existem ou não em quantidade comercial e se podem ser alvos de instalação de empresas rentáveis na área. Por isso chefiar uma missão de exploração dessa imensa área é um trabalho insano, uma vez que nem bem os rios são todos conhecidos, catalogados e percorridos. É necessário o apoio do exército com tropas e infraestrutura.
Há um temor que potencias estrangeiras tenham interesse na exploração das riquezas do interior do Brasil. Com o término da guerra mundial, os Estados Unidos se tornaram uma grande potência bélica e industrial. Precisa de matérias primas estratégicas e muitas delas podem estar no sul do continente. Até presidente americano andou pelas florestas brasileiras e recebeu como homenagem o nome de um rio. Nada melhor do que um líder militar para desbravar a região e estabelecer uma relação estável com as comunidades indígenas espalhadas por essa imensa área. Há os que anseiam por uma integração total dessas comunidades com os brancos através da cultura, educação, saúde, economia, adoção das novas tecnologias da época, enfim uma integração total com a realidade brasileira. Outros são refratários a essa ação e defendem a manutenção dos povos tradicionais em seu próprio mundo e que decidam se querem ou não ter na porta da aldeia uma draga de mineração de ouro, monocultura de eucalipto, ou uma usina de refino de petróleo e gás.