Apreciado em receitas culinárias e desejado por muitos pelo sabor agradável, o chocolate produz muitos benefícios à saúde quando seu consumo é moderado. Extraído do cacau, o fruto pode ser, por exemplo, um grande aliado do coração.
O cacau é conhecido pelo seu alto teor de flavonóides, que tem efeito antioxidante e protetor de doenças coronarianas, ricos em propriedades antioxidantes e ainda diminui o colesterol LDL (lipoproteína de baixa densidade, “colesterol ruim”) e aumenta o colesterol HDL (lipoproteína de alta densidade, “bom colesterol”).
O chocolate amargo, com 70% de cacau é um produto com alto teor de gordura: 35% de ácido oleico (gordura monoinsaturada), 35% de ácido esteárico (gordura saturada) e 25% de ácido palmítico (gordura saturada) e 5% de outros.
O ácido esteárico, apesar de saturado, não eleva os níveis de colesterol no sangue, pois parte dele é convertido a ácido oleico que reduz levemente o colesterol. Já o ácido palmítico tem efeito hipercolesterolêmico (significa que eleva o colesterol).
Mas há diferenças na composição dos chocolates:
O chocolate ao leite apresenta uma concentração de flavonol menor que o cacau em pó e que o chocolate amargo. Isto se explica, pois o percentual de cacau envolvido no preparo dos diferentes tipos de chocolate, não é igual. O chocolate branco, que em algumas literaturas não é considerado como chocolate, contém aproximadamente 4% de cacau (só possui na sua composição a manteiga do cacau); o chocolate ao leite contém aproximadamente 30% de cacau; o chocolate meio amargo 41% de cacau e o chocolate amargo, com percentual de cacau elevado, contêm 70% ou mais de cacau. Os chocolates mais benéficos são os que apresentam maior quantidade de cacau.
Porém, seu consumo deve ser controlado, pois o chocolate amargo é um alimento calórico e consumir em quantidades acima do recomendado poderá levar ao aumento de peso corporal, que não é um fator protetor para doenças cardiovasculares.
Referências: BORTOLLOTO, Josiane Woutheres, et al.Efeito do chocolate amargo nos níveis lipídicos de ratos. Disponível em:www.unicruz.edu.br/seminario. FERRARI, C.K. Bioquímica dos alimentos funcionais, Nutrição e Saúde. Nutrição profissional. Ano I, n. 1, maio/junho, 2005, p. 21 – 28.