Apesar de ser considerada uma epidemia mundial, a doença e suas complicações são desconhecidas por boa parte da população
Ouvimos diariamente falar sobre esta doença que cresce de forma alarmante: o diabetes. Em 2013, foi a causa final de morte para cerca de 5 milhões de pessoas. Seu impacto é grave, uma vez que pode dar origem a uma série de outras enfermidades como a cegueira, doenças cardíacas e acidente vascular cerebral (AVC).
Estimativas da Federação Internacional de Diabetes apontam que, até 2035, serão 38.5 milhões de pessoas com diabetes na América Latina (atualmente são 24.1 milhões), o que significa 9% da população adulta da região. No Brasil, são mais de 13,4 milhões de pessoas portadoras da doença e a previsão é que atinja 19,6 milhões até 2030, um crescimento de 58% em apenas 20 anos.
Com o objetivo de mudar o cenário atual do diabetes e melhorar a qualidade de vida de milhões de pessoas que convivem com a doença diariamente, a Novo Nordisk, laboratório líder mundial em cuidados com o diabetes, é comprometida em atender às necessidades dos pacientes, proporcionando ações abrangentes para eliminar possíveis barreiras ao tratamento. Por meio do programa “Mudando o Diabetes” oferece apoio aos pacientes, familiares e profissionais de saúde que lidam com a doença no dia a dia e colaboram para melhorar a qualidade de vida dos portadores.
“Apesar das pessoas saberem da existência do diabetes, elas ainda precisam de informação para desmitificar a doença e, principalmente, da conscientização sobre a importância da prevenção, diagnóstico e tratamento precoce. A população precisa conhecer os hábitos que podem aumentar o risco do desenvolvimento do diabetes tipo 2”, comenta Dr. Enrico Repetto, endocrinologista e diretor médico da Novo Nordisk no Brasil.
Vamos entender um pouco mais sobre o diabetes?
Pré-Diabetes – A pré-diabetes é um termo usado para indicar que o paciente tem potencial para desenvolver a doença, como se fosse um estado intermediário entre o saudável e o diabetes tipo 2 – pois no caso do tipo 1 não existe pré-diabetes, a pessoa nasce com uma predisposição genética ao problema e a impossibilidade de produzir insulina, podendo desenvolver o diabetes em qualquer idade.
Diabetes: após a alimentação, o pâncreas libera uma quantidade de insulina para manter normais os níveis de açúcar no sangue. O diabetes ocorre quando o pâncreas perde a capacidade de produzir insulina ou a produz de forma insuficiente ou ainda quando há alteração da ação desta insulina no organismo. Estas alterações na produção ou ação da insulina causam aumento da glicemia (açúcar no sangue). A insulina é essencial para o bom funcionamento do organismo, já que é um hormônio que age transportando a glicose do sangue (absorvida da alimentação) para dentro da célula, para que sirva como fonte de energia.
Os principais sintomas do diabetes tipo 1 são: vontade de urinar diversas vezes, fome frequente, sede constante, perda de peso, fraqueza, fadiga, nervosismo, mudanças de humor, náusea e vômito.
Já os principais sintomas do diabetes tipo 2 são: infecções frequentes, alteração visual (visão embaçada), dificuldade na cicatrização de feridas, formigamento nos pés e furúnculos.
Tipo 1 |
Na maioria dos casos, trata-se de uma doença autoimune, caracterizada pela destruição das células beta do pâncreas, responsáveis pela produção de insulina. Este tipo é geralmente diagnosticado ainda na infância ou adolescência, mas pode surgir também em outras faixas etárias. |
Tipo 2 |
É o mais comum e corresponde a 90% dos casos. Ocorre pela inexistência, insuficiência ou resistência à insulina (ação alterada da insulina). Cerca de 50% dos portadores de diabetes tipo 2 não sabem de sua condição, justamente pelos poucos sintomas que apresentam no início da doença. |
Assim como o diabetes do tipo 2, que pode ser prevenido, existe também o diabetes gestacional:
Diabetes Gestacional |
Ocorre quando a elevação na taxa de glicose no sangue é observada pela primeira vez durante a gravidez. Na maioria dos casos, esta taxa se normaliza após o parto, mas é importante dizer que as mulheres que apresentam diabetes gestacional possuem um risco maior de desenvolverem diabetes tipo 2 futuramente. |
O melhor remédio? Cerca de 90% dos portadores de diabetes apresentam o tipo 2, forma que pode ser evitada com um estilo de vida mais saudável (como em várias outras áreas na vida, não é?). A prática de atividades físicas associada a uma alimentação saudável é fator fundamental para minimizar os riscos de desenvolver a doença.
Hoje 33% da população brasileira apresenta sobrepeso e 17% é obesa. Além disso, a maioria da população geral e de pessoas com diabetes não são fisicamente ativas e 81% dos indivíduos com alto risco de desenvolver diabetes não praticam nenhum tipo de atividade física. Este panorama revela a importância de despertar a população para a necessidade de uma rotina saudável, a fim de diminuir as chances de que, no futuro, essas pessoas desenvolvam doenças relacionadas ao sedentarismo e aos costumes da sociedade moderna.
Como diagnosticar o diabetes? A detecção precoce da doença pode minimizar complicações e aumentar as chances de que o tratamento seja eficaz. Estudo realizado pela Novo Nordisk, em 2011, detectou que 54% das pessoas com diabetes nunca foram informadas sobre o risco de desenvolver a doença antes do diagnóstico e 14% nunca realizou um exame de sangue (glicemia) para rastreamento do diabetes.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), valores de glicose plasmática para diagnóstico do diabetes mellitus e seus estágios pré-clínicos são:
ATEGORIA |
GLICEMIA DE JEJUM |
Glicemia normal |
< 100 mg/dl |
Tolerância à glicose diminuída |
100 a < 126 mg/dl |
Diabetes mellitus |
≥ 126 mg/dl |
Qualquer alteração nesses índices deve ser atentamente observada e avaliada por um médico especialista.
É importante dizer que é possível viver uma vida normal, sem grandes limitações, mesmo tendo diabetes. Obedecendo as recomendações médicas e seguindo o tratamento indicado, o paciente não precisa ter sua rotina comprometida e pode manter suas atividades do dia a dia.
Os tratamentos para o diabetes evoluíram muito. Na terapia, o objetivo é atingir o melhor controle glicêmico, com o menor risco de hipoglicemia (diminuição do nível de glicose no sangue). Além do controle glicêmico, é essencial observar as eventuais doenças concomitantes e tratá-las, como, por exemplo, obesidade, hipertensão e dislipidemia (níveis elevados ou anormais de lipídios no organismo).
A conscientização dos pacientes em relação aos hábitos saudáveis como boa alimentação e atividade física frequente, além de educá-los quanto à necessidade de aderir ao tratamento medicamentoso é imprescindível para um bom resultado.
Vamos compartilhar o tema? Informação é a melhor maneira de mudar o quadro do Diabetes.
Referências bibliográficas: 1 – Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2013-2014 e DAS (Diabetes Awareness Survey); 2 – IDF Diabetes Atlas – Sixth Edition; 3 – Organização Mundial da Saúde