Segundo Luiz Fernando Petry, médico psiquiatra do Centro de Pesquisas Dr. Hamilton Grabowski, homens, na maioria das vezes, consideram quadro depressivo como fraqueza
Com os sintomas cada vez mais difundidos, a depressão passou a ser reconhecida com mais facilidade, mas mesmo assim se transformou em uma das doenças mais devastadoras do século XXI. Atingindo homens e mulheres com os mais variados perfis, a depressão é a segunda maior causa global de invalidez, segundo pesquisas da revista científica PLOS.
Falar de depressão e tratá-la ainda é um tabu no universo masculino. Há estudos que indicam que é uma doença predominante do sexo feminino, mas há outros que apontam que os homens procuram menos auxilio quando apresentam um quadro. A teoria de que eles evitam procurar ajuda é retratada no Centro de Pesquisas Dr. Hamilton Grabowski, de Curitiba, que seleciona pacientes com idade entre 18 e 65 anos com interesse de fazer parte de um programa de estudo de medicamentos antidepressivos.
De cada 40 pacientes inscritos no programa gratuito, apenas um é homem. “Há uma certa resistência em aceitar a depressão por entender que é algo atinge valores morais, por achar que perdeu-se a capacidade de lidar com os problemas ou porque é uma fraqueza simplesmente”, explica Luiz Fernando Petry, médico psiquiatra do Centro de Pesquisas.
Petry lembra que a intenção do programa é comparar o resultado entre dois antidepressivos já existentes no mercado há mais de 15 anos. Segundo ele, pacientes podem apresentar um diagnóstico feito por clinico ou fazer uma consulta no centro de pesquisas para saber se apresenta quadro de depressão ou não. “O diagnóstico é feito com sintomas centrais e acessórios: os sintomas centrais são a alteração na qualidade de humor, quando a pessoa começa a sentir tristeza, melancolia, com uma frequência muito grande e sem um motivo, além da diminuição de ânimo para fazer as coisas. Já a insônia, diminuição de apetite e alterações de libido são sintomas acessórios”, detalha o psiquiatra.
O médico lembra que o tratamento com os antidepressivos testados são seguros e eficazes, mas destaca que mudanças de hábitos e outras terapias auxiliam no desaparecimento dos sintomas. “Terapias de motivação comportamental e atividades físicas são importantes durante o tratamento”, conclui.
Para participar dos testes, o interessado deve ter diagnóstico de depressão e estar atualmente deprimido. Durante 24 semanas, os pacientes irão receber um tratamento completo e serão acompanhados de perto por profissionais qualificados.
Para mais informações, ligue para (41) 3013-1235 ou envie um e-mail para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. As inscrições são gratuitas e o centro de pesquisas se responsabiliza por todo o tratamento e, também, pela locomoção dos pacientes.