Uma pessoa pode ter, em média, de 30 a 400 pintas espalhadas pelo rosto e corpo. Observar os sinais de risco pode evitar o câncer de pele melanoma
Pintas! Alguns têm muitas, outros um pouco menos. Mas é preciso que todos fiquem atentos a elas. A regra do ABCD, divulgada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), ensina a identificar por meio do autoexame alterações nas pintas de um jeito simples, identificando Assimetria, Bordas irregulares, Cores não uniformes e aumento no Diâmetro das marcas.
Feridas que não cicatrizam, coceira, sensibilidade e mudanças na superfície da pinta também são alertas de risco que devem ser examinados juntamente com o médico. “As pessoas que possuem muitas pintas devem frequentar constantemente o dermatologista para verificá-las. Havendo qualquer suspeita, é preciso fazer uma biópsia. É importante que o câncer de pele melanoma seja detectado no início, quando tem grandes chances de cura”, afirma Amândio Soares, médico oncologista da Oncomed BH.
É importante destacar que o câncer de pele é dividido em dois grandes grupos: melanoma e não melanoma. O primeiro é considerado uma entidade à parte, tem uma baixa incidência (cerca de 3 casos por 100.000 pessoas/ano) e história natural bastante diferente, sendo mais agressivos, de crescimento rápido e com maior potencial de disseminação para outros órgãos. Os tumores de pele não melanomas são doenças muito mais comuns (cerca de 70 casos por 100.000 habitantes / ano), possuem um curso clínico mais indolente, lento crescimento e raramente disseminam para órgãos a distância (2 a 5% dos casos). Apesar de muito prevalente, apresenta baixa taxa de mortalidade e menos de 4% dos pacientes vão a óbito devido à doença.
“As áreas do corpo de maior acometimento de câncer de pele são aquelas mais expostas ao sol como face, orelhas, tronco (colo), braços e mãos. Contudo, o tipo melanoma pode surgir em áreas cobertas como no dorso (costas) e pernas. Por isso, ficar atento a qualquer alteração nas pintas é fundamendal”, explica o médico.
A principal forma de prevenção ao câncer de pele é evitar a exposição ao sol sem proteção. Recomenda-se o uso de chapéus, guarda-sóis, óculos escuros e filtros solares durante qualquer atividade ao ar livre. Deve-se evitar a exposição em horários em que os raios ultravioleta são mais intensos, ou seja, das 10 às 16 horas. Para o uso de filtros solares, é sugerida a reaplicação a cada duas horas. O ideal é que o Fator de Proteção Solar (FPS) seja, no mínimo, 30.