Certo dia um homem descansando em seu jardim, avistou um casulo que aparentemente estava se abrindo. Se interessou por aquilo que seus olhoscomtemplavam.
Sentou-se e ficou observando por horas e horas o esforço da borboletinha queparecia estar tentando sair daquele casulo.
Em determinado momento, a borboleta simplesmente estacionou, parecia que ela tinha ido o mais longe que podia e já não era capaz de ir além.
Foi então que o homem decidiu “ajudar” a borboleta. Com uma tesoura, cortou o restante do casulo e naquele mesmo momento, a borboleta foi se abrindo e saiu com facilidade. Porém novamente aquela borboletinha estacionou, seu corpinho não se abriu completamente e suas asas ficaram amassadas.
O homem continuou observando aquela borboleta, na esperança de que a qualquer momento, suas asas se esticassem e seu corpinho inflasse. Mas nada aconteceu, aquela borboleta passou o resto de seus dias rastejando com o corpinho murcho e as asas encolhidas, nunca vivenciou a sensação de voar...
O que o homem em sua gentileza e vontade de ajudar não compreendia, era que o casulo apertado e o esforço que a borboleta precisava fazer para empurrar e terminar de romper aquele casulo era o modo como o fluido do corpo da borboleta fosse para suas asas de modo que ela estaria pronta para voar quando estivesse livre do casulo.
Algumas vezes, é justamente isso que fazemos com nossas crianças, na intenção de ajudar e poupá-los do sofrimento ou esforço, acabamos os aleijando emocionalmente. Fazendo com que não desenvolvam a resistência necessária para voarem na vida adulta.
“Tentar ensinar a uma criança algo que pode aprender por ela mesma, não apenas é inútil. Também é prejudicial.” Emmi Pikler
E você tem ajudado ou prejudicado seus filhos?