Os fogos de artifício fazem parte das comemorações de boa parte das datas festivas e não poderia ser diferente com a Copa do Mundo FIFA 2014. Em dias de jogos, especialmente da seleção brasileira, é preciso ficar atento aos animais de estimação. A sensibilidade ao barulho os deixa desnorteados e um dos principais riscos é o de fuga. Por isso, é importante ter cuidados extras nesses períodos. Dar a eles um ambiente seguro e tranquilo deve ser a principal preocupação dos tutores.
“Por terem uma audição mais aguçada, em particular os cães, muitos deles entram em pânico e ficam desorientados. Fogem, se perdem ou são atropelados. Há riscos ainda como o enforcamento com a própria coleira, acidentes em janelas e portas, quedas de locais altos, como varandas de apartamentos, sem contar o perigo de queimaduras. Alguns animais apresentam até convulsões”, alerta o ativista em proteção animal, Feliciano Filho. “Por isso, cuidados extras são indispensáveis nesses dias”.
Para evitar o sofrimento dos animais, Feliciano aponta alguns cuidados que irão garantir sua segurança e bem-estar:
- acomodar os animais em ambientes em que já estejam acostumados, para que se sintam em segurança;
- fechar portas e janelas;
- alimentá-los com dieta leve para evitar distúrbios digestivos;
- cobrir gaiolas de pássaros;
- verificar se os abrigos dos animais estão bem fechados;
- evitar muitos animais em um mesmo abrigo, especialmente cães, para que não haja brigas;
- uma boa dica é acostumar aos poucos os animais ao barulho, levando-os para perto da TV ou do rádio e ir aumentando o som devagar. Assim, ele não será surpreendido de forma inesperada com o barulho dos fogos;
- evitar deixá-los amarrados para não provocar enforcamento;
- em casos extremos, alguns veterinários indicam o uso de tampões de algodão nos ouvidos. Nesse caso, é preciso atenção ao tamanho desses tampões, para que não entrem no duto auditivo do animal;
- e o mais importante: nunca medicar o animal sem orientação do veterinário.
Sobre Feliciano Filho: fundou em 2001 a ONG União Protetora dos Animais (UPA), permanecendo à frente da entidade até 2009. Foi eleito em 2004 para mandato de vereador em Campinas (SP), tendo sido o vereador mais votado do município. Em 2006, elegeu-se Deputado Estadual e foi reeleito, em 2010, com 137.573 votos. Neste período, aprovou a "Lei Feliciano" (Lei Estadual 12.916/08), que proíbe a matança indiscriminada de cães e gatos nos CCZs (Centro de Controle de Zoonose) e canis municipais; a Lei da Nota Fiscal Animal (14.728/12), que estende os benefícios da Nota Fiscal Paulista às entidades de proteção animal sem fins lucrativos; e a Lei 15.316/14, que proíbe o uso de animais em testes de produtos cosméticos, higiene pessoal, perfumes e seus componentes. Sua plataforma política se baseia na instituição de políticas públicas para a problemática dos animais em todo Estado de São Paulo.