Cuidados com a saúde do cão são necessários antes de introduzi-lo nos exercícios. Para conduzir os animais sem riscos de sufocamento e traumas no pescoço, guias retráteis são as mais indicadas
Companheiro em todos os momentos, o cachorro é um excelente aliado para quem quer praticar atividades físicas. Se exercitar ao lado do amigo de quatro patas já é tendência mundial, tanto que hoje já existem competições (inclusive no Brasil) em que donos e cães podem correr juntos. Ainda que alguns cuidados com o pet sejam necessários, como o volume de treino e a intensidade, a energia e a alegria do cão fazem qualquer pessoa deixar a preguiça de lado e se render a caminhadas, corridas, natação e até mesmo atividades mais radicais, como andar de skate ou pegar uma onda.
“O primeiro passo para iniciar qualquer atividade física com o bicho de estimação é levá-lo para uma avaliação com o veterinário, para saber se há restrições cardiovasculares ou ortopédicas”, instrui o veterinário Julio Miguel Fernandes, do Amigos DDC – Centro de Bem-Estar Animal. É recomendável um treinamento escalonado, evitando horários quentes e exercícios logo após a alimentação. Segundo o especialista, os animais mais velhos ou obesos não estão proibidos, mas precisam de mais cuidados: só devem ser expostos a atividades leves, como caminhadas em locais planos, sem muito esforço. “A exceção são os cães que sempre foram atletas e perderam o rendimento com o passar dos anos, mas podem continuar com os exercícios de acordo com sua rotina”, comenta Fernandes.
Assim como a prática de exercícios é benéfica para a saúde do homem, proporcionando condicionamento físico e qualidade de vida, para os cães não é diferente. “Quando as atividades são feitas ao ar livre, promovem estímulos visuais e olfativos para os pets e ajudam na socialização do animal”, explica o veterinário. Além disso, a relação do dono com o bichinho fica mais forte com os passeios e treinos, que podem ser completados com brincadeiras.
Para os donos que já se exercitam com o pet ou pretendem incluí-lo nas atividades físicas, as guias retráteis são ideais para conduzir o animal. Com fitas que podem chegar a 8 metros de comprimento, o acessório diminui os riscos de sufocamento e traumas no pescoço, que podem ocorrer com as guias comuns quando o cão acelera o passo e o dono não consegue acompanhar.
Para o melhor uso da guia retrátil, recomenda-se que o dono escolha o produto adequado de acordo com o tamanho e temperamento do cão. “A guia flexi, por exemplo, foi desenvolvida de acordo com características específicas de cada animal, como o tamanho e o peso”, explica Manfred Bogdahn, inventor da guia retrátil e presidente da flexi, marca 100% alemã e especialista no conceito de trazer liberdade e segurança aos passeios com os amigos de quatro patas. “E devido ao moderno sistema de molas e travas, é possível enrolar e desenrolar a guia, ajustando o tamanho da fita de acordo não apenas com o porte do pet, mas com o local e situação”, completa Bogdahn.
Cães como beagle, pastor alemão, labrador, akita, golden retriever, e até raças menores, como border collie e fox terrier, são muito ativos e aptos para atividades físicas ao lado dos donos. Os pets podem participar de caminhadas, corridas e até de esportes mais radicais.
Já os cães de companhia costumam ser mais sedentários e precisam fazer exercícios moderados. Pug, bulldog inglês, yorkshire, shitzu e pinscher são exemplos de bichinhos com pouca aptidão para esportes.
Nem todas as pessoas têm muito tempo livre para praticar exercícios com o bichinho, mas um treino diário, de 30 minutos, faz bem e deixa todos felizes e em forma.