Segunda, 14 Outubro 2013 02:37

Picadas de abelhas podem levar à morte

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Elas são fofas, produzem mel, servem como um lindo cenário em aniversários, jardins e ambientes culinários, além de super organizadas. Comuns em nosso cotidiano, as abelhas podem representar muito mais perigo do que se imagina, apesar da "boa aparência". Um ataque desse inseto pode ser fatal e, em casos raros, o indivíduo hipersensível pode morrer em virtude de uma única ferroada.

De acordo com a Prof.ª Dra. Sandra Regina S. Sprovieri, coordenadora da disciplina de Emergências em Clínica Médica da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, as manifestações causadas pela picada podem ser de naturezas tóxicas e alérgicas.

As reações tóxicas locais estão associadas à dor, inchaço e coloração avermelhada da pele. Em casos de múltiplas picadas, podem ocorrer manifestações sistêmicas, devido à grande quantidade de veneno inoculado. "Nesse caso, alguns dos sintomas são: prurido, calor generalizado, hipotensão, taquicardia, cefaleia, náuseas e/ou vômitos e cólicas abdominais. Em casos mais graves podem ocorrer choque e insuficiências respiratória e renal agudas", enfatiza.

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As manifestações alérgicas locais são caracterizadas por um edema que persiste por alguns dias. Já as alérgicas sistêmicas podem variar de urticária generalizada, mal-estar, edema de glote, choque anafilático, queda da pressão arterial, colapso, perda da consciência, incontinência urinária e fecal, e coloração azulada ou roxa da boca, pele ou unhas.

Até a chegada ao atendimento médico, após ser picado, o indivíduo alérgico deve aplicar uma compressa de água fria ou gelo e usar analgésico para aliviar a dor. A pessoa deve permanecer calma, evitando movimentos bruscos e excessivos. Também é necessário retirar o ferrão cravado na pele e lavar o local com sabão e água corrente.

"O ferrão pode ser retirado com pinça ou com os dedos. Após a ferroada, a abelha deixa para trás não apenas o ferrão, mas também o saco de veneno e parte do seu aparelho digestivo. Enquanto ele permanece cravado, a substância continua a ser instilada involuntariamente nos primeiros 20 a 30 segundos. O método de remoção do ferrão não afeta a quantidade de veneno a ser inoculado na pele do indivíduo", afirma.

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O ataque em massa realizado pelas abelhas é responsável pela maioria dos acidentes. Após cerca de 15 a 20 segundos do início do ataque, normalmente localizado em frente da colmeia, os insetos saem em grande quantidade, mais de 200, em média, voando para todos os lados e ferroando todos que se encontram na proximidade, perseguindo-os por mais de 700 metros.

Já os acidentes causados por vespas e marimbondos representam quadros clínicos mais graves do que os causados por abelhas, pois necessitam de uma menor quantidade de picadas para evoluir para um quadro sistêmico grave.

"Enquanto as abelhas picam somente uma vez, deixam o ferrão em sua vítima e morrem após o ataque, os marimbondos e as vespas não perdem o membro ao ferroar, podendo causar múltiplas picadas, não morrendo após o ataque. Assim, os procedimentos são os mesmos adotados para as picadas de abelhas, com exceção do ferrão que não fica cravado na pele", explica.

A especialista recomenda alguns cuidados para evitar ataques:

  • - Não atire pedras ou paus em direção às abelhas ou colmeias.
  • - Não fique parado e se afaste de eventual colmeia existente.
  • - Se observar um enxame em sua direção, não corra em linha reta ou caminho livre.  Corra em zigue-zague, pois assim poderá "enganá-las" durante a perseguição.
  • - Proteja o rosto com uma toalha ou camisa, pois as picadas no pescoço ou na mucosa oral podem levar a um edema de glote, resultando em morte por asfixia.

Mediante ao exposto, todo cuidado é pouco. Portanto, fiquemos alertas.

Semana que vem tem mais!

 

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Rosângela Cianci

Jornalista, repórter, palestrante, apresentadora, produtora de TV, idealizadora do site Universo de Rose. Incansável observadora do cotidiano, sou apaixonada pelo que faço. Ex-Secretária Executiva, sempre lidei com Diretoria e Presidência, mas, prestes a completar Bodas de Prata na área, resolvi desengavetar um sonho antigo: o Jornalismo. E parti pra nova luta com 40 (e uns anos), pois meu negócio é escrever e conversar sobre assuntos de A a Z...

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