Eles são lindos, fofos e "meigos". Mas, li recentemente que o conservacionista inglês Chris Packham defende que os pandas gigantes deveriam seguir seu curso natural e serem extintos, pois a maioria dos pandas que ainda vive na natureza está confinada em uma floresta da China, em uma região densamente povoada por seu maior inimigo: o ser humano.
Packham apresenta um programa na BBC, canal de TV britânico e a polêmica levantada por ele derruba por terra os esforços para preservar a espécie, uma das mais ameaçadas do planeta. O conservacionista defende que esses animais não são fortes o bastante para sobreviverem sozinhos, e por isso seria melhor deixar a natureza tomar seu caminho natural, eliminando-os.
“Infelizmente, os pandas são grandes e fofos, mas gastamos milhões para que eles fiquem vivos. Eles estão em um ‘beco sem saída evolucionário’. Vamos deixá-los ir, com um pouco de dignidade”, afirma. Segundo ele, o dinheiro gasto com os pandas poderia ser melhor investido em outros animais.
O conselheiro de ciência da conservação da ONG WWF – World Wildlife Fund (que tem justamente o panda como símbolo), Mark Wright, diz que as declarações de Packham são irresponsáveis. “Os pandas se adaptaram para onde vivem. Eles vivem em montanhas, onde há muito bambu para comerem. É como dizer que a baleia-azul está em um ‘beco sem saída evolucionário’ porque ela vive no oceano”, diz.
Packham é conhecido por favorecer animais menos “simpáticos”, digamos. Ele é presidente do “Bat Conservation Trust”, uma entidade que luta pela preservação de morcegos, e costuma falar sobre seu amor por insetos.
Segundo Wright, os pandas estão em risco de extinção porque os humanos invadem seu habitat. “Se eles fossem deixados sozinhos, então viveriam perfeitamente bem”, completa.
Vamos torcer para que predomine o melhor, não é mesmo?