Todo ano repito a mesma coisa: afirmo que setembro é lindo, um mês especial com direito à primavera -, o melhor de todos os meses, e comemoro datas significativas do início ao fim dele. Ontem, por exemplo, foi meu aniversário de casamento (encerro com chave de ouro no último dia: meu aniversário e dia da Secretária - primeira carreira que ainda comemoro além do jornalismo).
Quem me conhece sabe muito bem, que Casamento em todas as suas nuances é um de meus temas favoritos – desde sempre: tanto a festa em si quanto a parte comportamental. E como todas as quintas, escrevo sobre este assunto, falarei um pouquinho de “minha pessoa e de meu maridón”, uma geral sobre um dos dias mais importantes da vida de grande parte das mulheres, apesar de ter muitas novidades sobre o Bride Style 2014, evento que cobri na semana passada (aguardem mais um pouquinho).
São 26 anos dividindo tudo: o mesmo teto, cama, mesa, banho, alegrias, tristezas, conquistas, perdas, lágrimas, sorrisos, din-din, famílias, parentes, amigos, aprendizado...
Completar 26 anos de casamento é muito significativo: são duas décadas e meia, mais um pouquinho.
Lembro-me como se fosse hoje: 10.09.88, me senti uma princesa em vários aspectos. Apesar de todos os preparativos para que tudo corresse bem, naquela época não havia internet e muito menos tantas opções para orientá-la ao “Dia D”, como hoje em dia. Selecionei algumas revistas especializadas e eu, minha mãe, sogra, irmã, avós e amigas colocamos todas as ideias (e mãos) à obra. Dividimos as tarefas meses antes, numa boa. Dia da Noiva? Nem pensar! Era uma raridade e a ideia ainda era embrionária..., muito remota – explodiu tempos depois e ficou até hoje, cada dia mais com novidades. Agora já estão pensando até no dia do noivo...
Como foi difícil visitar lojas de vestidos de noivas especializadas. Como eu não tinha uma ideia muito definida do que desejava – apenas teria que ser uma saia “volumosa”, em cada loja que entrava me apaixonava por um modelito diferente. Mas como tudo era muito básico, não foi tão difícil a escolha final. Uma das coisas que não abria mão era do carro preto para me conduzir à Igreja.
O passo a passo até o altar requer muitas decisões e compromissos, uma verdadeira batalha em busca do tão sonhado “Grande Dia!”. Informações, orçamentos, estilo da cerimônia de acordo com os gostos, desejos e personalidades não fugia da realidade mesmo na época em que me casei. Dividir os papéis (e a conta) e colocá-los em funções que sejam do interesse do casal não mudou muito.
Igreja, cartório, data e horário do casamento, convites, lista de convidados (uma das decisões mais difíceis – estressante e complicada, pois queremos convidar todos os parentes e amigos e há limites), orçamentos e mais orçamentos sobre praticamente tudo: decoração, recepção, Buffet, músicas, fotografia, filmagem, caligrafia, aluguel de roupas para noivo, padrinhos, madrinhas, daminhas e o “vestido da noiva, mais difícil tarefa,” lembrancinhas, o roteiro da lua de mel. Sem mencionar que antes de tudo isso vem a confecção do enxoval e a escolha da nova casa. São inúmeros detalhes e comigo não foi diferente. Deu tudo (muito) certo!
A diferença é que hoje o casamento tornou-se algo mais pessoal e principalmente, íntimo. Alguns casais estão promovendo até o “destination weeding, uma moda entre recém-noivos que buscam entender as celebrações. Os noivos devem compreender que toda opinião é bem-vinda , contudo precisam estabelecer um limite.
Partindo para o lado prático da coisa, numa época em que até os relacionamentos são descartáveis, mesmo depois de uma grande festa de casamento com toda a trabalheira (e gastos) mencionada, sempre procuramos comemorar a data – com festa ou sem festa – já rolou até rodízio de pizza uma vez. Apesar de não termos tido filhos biológicos, foram muitos acontecimentos bacanas, 02 casais de sobrinhos lindos e muitos outros do coração, trocas, viagens, incluindo nossos familiares e amigos com algumas (muitas) boas histórias pra contar.
Temos aprendido que não precisamos manter um relacionamento frio e monótono com o passar dos anos, mas, podemos proteger nosso casamento investindo em uma vida agradável e plena com o outro, divertir-se e desenvolver uma profunda intimidade. Tal investimento traz maior companheirismo, bom humor, respeito e compreensão, independente das diferenças. O casamento fica cada vez melhor e nós, mais unidos. Essas são pequenas, mas poderosas armas para cuidar da nossa relação, a fim de que ela “dure até a morte”.
E quem nos conhece e caminha conosco, sabe que somos “OPOSTOS”, desde sempre. Como assim? E ainda se dão bem, estão juntos? Claro, o cultivo do relacionamento é diário, aquela velha estória de cuidar da plantinha em todos os seus aspectos: dar água, luz, afofar a terra,...
Eis uma listinha de quem somos pois, retratam o nosso cotidiano no sentido de preferências x oposição dentro do nosso mundinho (quase) cor de rosa, bem simples, mas intenso.
a Rô & o CARLOS
o dia, a noite
o sol, a lua
o calor, o frio
o light, o “engordaith”
a falante, o silencioso
a risonha, o “sérião”
o romance, a comédia (filmes) - o terror, o suspense (filme)
a sonhadora, o realista
o salgado, o doce
a dark, o clean
a perfeccionista, o desorganizado
o livro aberto (vida), o livro fechado (vida)
a lista, as compras (na maioria das vezes)
a agenda, a memória
a praia, o campo
o ar, o chão
as letras, os números
o jornalismo, a arquitetura
a detalhista, o objetivo
a caminhada, a natação
o mundo, o interior (da casa – de preferência)
..................... e por aí vai.
Mas temos alguns importantes pontos em comum:
Somos muito amigos, companheiros, carinhosos um com o outro; gostamos de viajar pelas manhãs, curtimos uma boa gastronomia e alimentar-se muuuuiiiito bem - pra não dizer, gulosos mesmo!!!; curtimos conversar, caminhar, trocar receitas, ideias e apoios. Assistir TV, ouvir música - o fofo toca um piano, que paro tudo que estou fazendo para ouvi-lo, dançar - mesmo em casa (quem disse que eu não tenho um "Carlinhos de Jesus" em minha vida?), fazer amizades...
Temos um lema: "é só marcar que já chegamos - ou recebemos!". Celebrar os dias que merecem celebrações – das mais simples às mais sofisticadas – tipo, comer pastel na feira, mas também ir a eventos no Palácio do Governo e/ou; manter conversas francas e abertas, dar bronquinhas carinhosas e cuidadosas quando necessário, frequentar os cultos de nossa igreja preferida juntos.
Cumplicidade e respeito temos em praticamente tudo. Cultivar a relação e torná-la colorida e divertida com pequenos mimos, flores – pra mim e chocolates e docinhos pra ele – enfim, surpresinhas que agradam, também faz parte. Tudo muito básico como curtir nossas famílias, parentes e amigos e adorarmos o nosso principal Mestre: Jesus Cristo, Deus, Criador, autor e o arquiteto deste mundo - que "fecha" a ponta do triângulo de nosso amor e mora dentro de nossos corações, ajudando-nos na caminhada por aqui.
Quero deixar meu registro aqui de que em tempos tão esquisitos, difíceis e complicados na atualidade me casaria de novo, com este homem tão especial... e, único - CC, "Maridón". Só tenho que agradecer a Deus. Thank You, Lord!!!
E, para as noivas que estão planejando seu casamento, ele é único e não deve ser prejudicado por causa do estresse. As escolhas são difíceis, dá um certo trabalho, mas no fim vale a pena. E no final das contas, é bom lembrar que o verdadeiro valor do casamento é o amor – que deve imperar sempre, e quem faz a festa são os noivos.
"Um casamento feliz é uma longa conversa que nos parecerá sempre demasiado curta".