A cena é corriqueira: Um adolescente se olha no espelho, não gosta do que vê e entra em crise - não quer sair de casa, não quer ver e nem conversar com ninguém e tem muita vergonha de sí mesmo. Afinal, não faltam por aí jovens querendo ser mais magros ou fortes, insatisfeitos com a aparência e lançando mão de todos os tipos de ginásticas, remédios, tratamentos estéticos e dermatológicos e até intervenções cirúrgicas em busca de uma beleza irreal.
Estava lendo esses dias uma matéria que mostra que a maior parte dos adolescentes, tanto homem como mulher se sentem insatisfeitos com o espelho. Essa insatisfação se chama DISMORFIA. A Dismorfia não é uma doença exclusiva dos adolescentes, ela atinge todas as faixas etárias e pode ser desencadeada sob diversas circunstâncias, inclusive logo cedo, na infância e dentro de casa.
A Dismorfia não esta relacionada com a vaidade, é mais uma questão de aceitação. E afinal, o que o dismórfico vê quando se olha no espelho? Segundo a psicóloga, uma alucinação. “Ele pode até ter um nariz proeminente ou estar levemente acima do peso, mas potencializa aquilo a um nível exagerado. O paciente imagina que as pessoas vão olhar para o defeito e aquilo vai virar o foco principal”.
O tratamento exige, sobretudo, paciência. Normalmente é psiquiátrico, com antidepressivos, psicoterapia e acompanhamento familiar. O efeito dos remédios para a dismorfia é secundário: melhora os quadros de depressão e ansiedade e, por consequência, diminui o sofrimento do paciente e aumenta a autopercepção.
Para os casos menos graves, o doente pode se beneficiar bastante da psicoterapia. Se em alguns meses não apresentar melhora, os remédios são introduzidos no tratamento. Mas vale lembrar: a recuperação é lenta e contínua.
Feliz Ano Novo com muito equilíbrio por dentro - e, por fora!!!