À primeira vista certamente é uma pedra. Mas se olhar mais atenciosamente, revelará toda a curiosa beleza dessa pequena plantinha. Originária da África do Sul, e extremamente parecida com um pedregulho de rio, a lithops é, na verdade, uma minúscula suculenta da família Aizoaceae.
“O nome lithops tem origem na palavra grega lithos (pedra) e tops (forma)”, explica a engenheira agrônoma Miriam Stumpf. “Trata-se de uma planta com altura em torno de cinco centímetros, de forma arredondada e pele lisa, composta por duas folhas carnosas presas a um caule, que fica invisível dentro da terra. Em sua região de origem, essa camuflagem tem a finalidade de fazer com que a lithops passe despercebida por animais que a poderiam consumir”, afirma Miriam.
Na temporada de calor , ela reserva uma surpresa: pequenas e delicadas flores de pétalas finas, nas cores branca ou amarela, que florescem no final do verão.
“No início, a palavra de ordem é pouca rega e muita paciência”, afirma ela. Para não desanimar, comece com diversas plantas adultas, mas depois compre algumas sementes e comece a aventura. “As lithops demoram para se desenvolver”, completa.
Uma das dicas importantes para obter sucesso no cultivo é tentar reproduzir o ambiente de origem da espécie. “Elas crescem em áreas muito secas”, diz Cintia. Assim, as altas temperaturas e a baixa umidade favorecem o seu desenvolvimento.
Durante o inverno , quando aparentemente nada acontece, as lithops começam a desenvolver internamente um novo par de folhas que se alimentam exclusivamente da umidade e dos nutrientes das folhas exteriores.
No início da primavera, o novo corpo estará completamente desenvolvido e das folhas antigas restará apenas uma fina capa seca. A esta altura, as lithops armazenam a água que podem para se preparar para o período de repouso do verão. O mais importante é evitar o excesso de umidade que leva, invariavelmente, ao apodrecimento da planta.