A iluminação pode destacar um aspecto positivo, camuflar um detalhe não muito interessante ou provocar sensações diversas num espaço. Profissionais de arquitetura ensinam como tirar melhor proveito da luz
Há algumas semanas, um certo vestido que, supostamente, mudava de cor, causou verdadeiro frisson nas redes sociais. Uns diziam que a peça era azul e preta, outros, que era branca e dourada e, assim, a discussão se estendeu e virou assunto no mundo todo. Mais tarde o mistério foi desvendado: tudo se tratava da luz! Esse é um bom exemplo de como a luz interfere na percepção das pessoas sobre determinados objetos e cores.
Na arquitetura e decoração, a luz também é muito importante, pois ela interfere na percepção das pessoas sobre determinados objetos e cores, como bem destaca a arquiteta Estela Netto: “A iluminação é um dos pilares para o bom resultado de um projeto. Ela pode ser difusa, focada, mais aconchegante, mais estimulante, colorida ou com uma reprodução de cor mais fiel. Tudo vai depender da intenção do projeto”.
Nos espaços residenciais podem haver vários tipos de iluminação de acordo com a função dos ambientes. “As lâmpadas fluorescentes são ideais para as atividades domésticas como limpeza, estudo, e outros. Já a luz indireta e focal é ótima para gerar efeitos decorativos, valorizar peças de arte e dar aconchego”, pontua a arquiteta Marina Dubal, do escritório DAD Arquitetura.
Nos espaços comerciais, a escolha da iluminação vai depender de uma série de fatores, como o tipo de negócio. Em um restaurante, por exemplo, o ideal é usar a iluminação para exaltar a comida. “Em um self service podemos utilizar a luz para fazer o alimento ficar mais atrativo, colorido, fresco e vibrante”, garante Estela.
Quem trabalha com produtos expostos precisa caprichar ainda mais na luz para atrair os olhares dos clientes. Por isso, a escolha correta da lâmpada faz toda a diferença. “As lâmpadas alógenas têm o brilho mais bonito, a melhor reprodução de cor e o foco mais cênico. No entanto, os LEDs vêm sendo desenvolvidos para substituí-las, já que o gasto energético é bem menor”, salienta Marina.
A profissional traz ainda uma dica para evitar o efeito espelhado, comum em vitrines e que atrapalha os clientes a visualizarem os produtos. “Esse efeito se dá devido à alta incidência da luz externa no vidro durante o dia. Isso pode ser minimizado com uma boa iluminação feita, em geral, entre o vidro e o expositor/manequim”, ensina Marina.
Com tantas sugestões e dicas, dá para lançar mão da iluminação para tornar ambientes residenciais e espaços comerciais mais charmosos e funcionais.